quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Capítulo IV - Problema nascit

Lucas chega em casa por volta das 17h. Já era noite na Irlanda. Thaynam cantarolava no banho. Lucas entra no quarto e joga as luvas e o gorro sobre a cama. "Oi, amor...". O bater da porta do quarto responde à gata.
O biólogo abre a geladeira, pega uma caixa de cereais e senta no sofá da sala. A mulher desce as escadas com seu roupão branco e suas pantufas rosas. O cabelo preso e o sedutor perfume Elle faziam da psicóloga uma mulher ainda mais atraente.
"Bebê, desculpa por ter perdido a hora da visita à GUINNESS." Lucas olha fixamente para a lareira. "Eu não sabia que havia casado com uma mulher tão vazia..." "Que isso, Lucas?!" "Thaynam, olha bem na minha cara... Henrique é o meu melhor amigo e sua atitude foi... Foi deplorável!"
Thaynam respira fundo e olha o marido nos olhos. "Eu não sei ser hipócrita, Lucas." "Isso é problema teu! Só não admito que você diminua ninguém!" "E quando que eu diminui...?" "Você foi debochada!" "Ah, meu amor, me poupe! De onde já se viu um homem..." "Isso não é problema seu, Thaynam!" "Como não?!" "O que o Henrique faz ou deixa de fazer com a vida pessoal amorosa dele compete a ele e ao namorado dele..." "Mas Lucas..." "Basta, Thaynam!"
Lucas levanta e pega a caixa de cereais. "Eu vou tomar banho porque vou ao espetáculo do meu amigo!" "Eu vou com..." "Nem se atreva!" "Meu amor, eu..." "Thaynam, amanhã estou voltando para o Brasil." "Como assim estou?" "Ué, você é bem grandinha e sabe o que faz da sua vida, se quer ficar ou não..." "Lucas, essa viagem era quase que uma outra lua-de-mel pra nós..." "Era... Você fez questão de estragar tudo!"
Decepcionado, Lucas vai pro banho. Não via a hora de assistir ao grande espetáculo do seu amigo. Henrique ensaiara e desejara aquilo mais que tudo na vida! Seu melhor amigo tinha que estar presente... Isso se Thaynam não fizer nada pra impedi-lo!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

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Enquanto não disponho de tempo para continuar o conto, deixo os meus amados leitores com o imortal Vinícius de Moraes:

Soneto de Fidelidade
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.(Até um dia meu anjo)