sábado, 3 de maio de 2008

Hold on!

Saudações, amigos leitores!

Façamos uma pausa em nossa aventura blogueira...

Quisera eu que essa pausa fosse por motivos mais alegres... Todavia, os últimos dias me impedem de fazê-lo de outra forma. Autor e personagens se confundiriam não houvesse essa pausa para um desabafo byroniano...

Ouvi há uns dias uma frase de uma amiga-aluna-leitora que me marcou muito... Transcrevo-a ipsis litteris para os senhores...


"Douglas, há um problema em seu blog. Um problema que ao mesmo tempo

vira um poderoso instrumento em suas mãos. Quando lemos os seus escritos, não

conseguimos distingüir autor de personagem. Isso é tão rico, essa coisa de

ler e pensar ao tempo todo se é realidade ou ficção... Isso me fascina na

sua literatura, meu amigo!"


Cara amiga, talvez tenha sido esse o propósito maior ao abrir esse blog. Brincar com a ficção de formar a permitir que esta se aproxime da realidade e, inocentemente, interaja com a mesma. O que é ficção e o que é realidade? Essas concepções são tão próximas em minha cabeça! Vejo a ficção como "aquilo que a realidade poderia ser, não fosse o medo que os seres humanos têm em ousar!"

Nosso querido Shakespeare diria que o que mais assombro lhe causa é que as pessoas tivessem medo... Brinquemos com a etimologia da palavra. Em Inglês, "fear" vem do Inglês Arcaico "fær", que significa "risco, perigo,..." Já essa palavra vem do Proto-Germânico, uma língua que deu origem às línguas germânicas. Vem de "færa", também com essa acepção de "tentativa, experiência, risco,..."

Eu ousaria em dizer que não me causa tanto espanto o fato de os homens terem medo. Há outro ponto que me assombra mais. Me assusta o peso que as pessoas dão ao dizerem que o homem é um ser racional. Acho que, de todas as criaturas que vivem sobre a Terra, o homem é o mais dotado de irracionalidade. Não pensem, leitores, que o pessimismo byroniano me leva a pôr as coisas dessa forma. Mas é que me pego a pensar sobre os limites do ser humano nos últimos dias.

Não seria novidade para o leitor se eu fosse mais específico em dizer que são os casos de Isabella Nardoni e do austríaco que prendeu a filha no sótão que mais me intrigam.

O que o homem é capaz de fazer, até onde vai a maldade humana e se há mesmo limites para a razão humana são perguntas que eu sequer tento responder. Mas... Mas o que há de errado, gente?! O que que está acontecendo com os valores, com... Sei lá! Minha cabeça não tem tamanha capacidade de debater sobre esses aspectos...

Enfim... Voltemos ao nosso querido conto! (Já não era sem tempo! rs)